Amor que excede todo o entendimento (parte 1)

O amor é um dos temas centrais de toda a Bíblia. De facto, desde o seu início até ao seu fim a Bíblia mostra-nos o amor de Deus para com toda a humanidade, mesmo quando esta não foi merecedora desse mesmo amor. Deus amou o mundo de tal maneira que, mesmo depois de o Homem Lhe ter desobedecido, Deus enviou Jesus para morrer em nosso lugar, para que nós pudéssemos ser salvos (João 3:16).

O amor é também algo que Deus procura em nós, e que nos deve mover e guiar quando tomamos uma decisão. O amor é tão importante que, quando interrogado sobre qual o maior mandamento, Jesus respondeu que todos os mandamentos e toda a lei estavam abrangidos no amor a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos (Mateus 22:34-40). Isto quer dizer que quando conseguimos aperfeiçoar o nosso amor de tal forma que pomos Deus acima de todas as coisas e amamos ao próximo como a nós mesmos, estamos a cumprir todos os outros mandamentos.

Por fim, o amor faz parte do fruto do Espírito que todos nós devemos aperfeiçoar (Gálatas 5:22), e é descrito com algum pormenor no capítulo 13 de 1Coríntios.

O amor enquanto fruto do Espírito pode ser dividido em quatro vertentes: o amor a Deus, o amor aos irmãos na fé, o amor aos nossos inimigos e o amor pelos que estão perdidos.

– O amor a Deus

O amor a Deus é o que nos constrange a servi-Lo, a permanecer na Sua Palavra, naquilo que nós sabemos ser a Sua vontade para as nossas vidas, mesmo quando tudo se levanta contra nós. É esse amor que nos leva a ir a uma reunião quando o que nos apetecia mesmo era ir para a praia, ou quando temos familiares, visitas ou um convite para uma festa. É o que nos leva a preferir o Reino de Deus e a sua justiça acima de todos os nossos interesses, da nossa vontade ou das nossas opiniões.

Basta-nos olhar para os três primeiros mandamentos, em Êxodo 20:3-7: Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até à quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos. Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o Seu nome em vão.

Estes três mandamentos falam de uma devoção profunda e unicamente a Deus, não deixando que nada se torne num ídolo nas nossas vidas, ou seja, que nada ocupe o lugar que está guardado para Deus. Falam também de uma atitude de reverência e de respeito para com o nosso Deus, que nós devemos aperfeiçoar.

Para amar a Deus é necessário que O conheçamos. O aperfeiçoamento do nosso amor para com Deus vem da nossa leitura da Bíblia e da oração. Por outro lado, quanto mais conhecemos a Deus, mais gratos estamos, mais maravilhados com Ele ficamos e mais O amamos, pelo que mais vontade temos de ter comunhão com Ele e de o conhecer ainda melhor.

Reconciliação (conclusão)

Como passar, então, a fazer parte da Salvação que Deus nos oferece?

1) Admitir os nossos pecados e pedir a Deus perdão por eles (1João 1:9).

2) Reconhecer que Jesus morreu para pagar pelos nossos pecados, ressuscitou e hoje está vivo (Romanos 10:9 e Actos 4:12).

3) Aceitar a salvação que Deus nos dá gratuitamente, não tentando conquistá-la pelos nossos próprios méritos (Efésios 2:8-9, João 1:12-13 e Apocalipse 3:20).

A oração da salvação passa por admitir que somos pecadores e precisamos da graça de Deus, crer que Jesus morreu por nós na cruz e aceitar a Sua oferta de salvação.

Após aceitar Jesus, há três passos importantes que precisamos de dar:

– Baptismo: O baptismo demonstra e celebra a nossa decisão de seguir Jesus (ler Marcos 16:16 e Actos 22:16).

– Ler a Bíblia: Deus revela-se a nós através da Sua Palavra, por meio do Espírito Santo (Colossenses 3:16).

– Pertencer a uma igreja: Não somos suficientemente fortes para sobreviver sozinhos.

É a pertença a uma igreja que fortalece a nossa fé (Hebreus 10:25).

Trabalho: Castigo ou Bênção de Deus?

 

A palavra “trabalho” vem do latim tripalium que designa um instrumento constituído por três paus usado para bater o trigo que, mais tarde, foi adaptado para se tornar um instrumento de tortura. O trabalho é visto, muitas vezes, como algo custoso, uma fonte de sofrimento.

O nosso desânimo para com o nosso trabalho advém frequentemente do facto de não gostarmos das atividades que temos de realizar. No entanto, devemos ver o nosso trabalho como uma forma de utilizar os talentos que Deus nos deu aquando do nosso nascimento.

Se Deus nos dá um emprego, podemos ter a certeza de que temos as capacidades necessárias para o concretizar. Para além disso, podemos também ter a certeza de que é nesse emprego que Deus precisa de nós.

Para além disso, o nosso local de trabalho pode se tornar um espaço de evangelização, no qual ajudamos mais pessoas a conhecer Jesus Cristo.

Por fim, é necessário salientar que, ao sermos bons trabalhadores, honrando as autoridades que foram instituídas por Deus na nossa vida secular, estamos também a honrar Deus, dando um bom testemunho junto das pessoas que ainda não O conhecem.

Que seja possível para todos nós ver o trabalho como uma bênção de Deus nas nossas vidas, uma forma de O honrar e de auxiliar na sua obra, bem como vê-lo como uma forma de merecer a prosperidade que Deus nos promete. (Provérbios 12:14)

 

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